Roteiro da Viagem

10 de abr. de 2011

Em Roma, como os romanos

Em meio à correria para reservar hotéis, fazer operações de câmbio para pagar o trem, etc..., surge a dúvida cruel: será que não teria sido mais prático ir com uma excursão, sem ter que preocupar com nada além de ser um turista pela Europa?
Em síntese: a opção por viajar por conta própria, de forma independente, tem pontos positivos e negativos.
É fato, tivemos que pesquisar nossos próprios voos, trens e hotéis. Por outro lado, pudemos escolher onde ficar, por quantos dias, e qual a forma de nos deslocar para as localidades escolhidas.
Não teremos quem se responsabilize por entregar nossas bagagens em cada um dos destinos, ou quem nos conduza ao hotel no final de um dia de passeio. Mas teremos a opção de utilizar os diversos meios de transporte utilizados pelos moradores e buscar novas experiências.
Não teremos quem se comunique por nós, mas poderemos nos relacionar, ainda que com mímicas, com as pessoas que passem por nosso caminho e mesmo aprender com ela algumas expressões da língua local (ao contrário da fama de mal humorados, vários franceses nos auxiliaram na comunicação e nos ensinaram como dizer alguma expressão).
Não teremos restaurantes reservados e refeições pré-escolhidas. Mas teremos a escolha de experimentar a culinária local, quando e onde nos der fome. Sem preocupar com horário, com reserva de mesa ou com roteiro.
Não teremos ingressos comprados, porém teremos a liberdade de escolha de vermos o que nos interessa e seguir nossos desejos. Há uma gama de possibilidade de roteiros e passeios, afinal, as pessoas não são iguais - alguns gostam de museus, outros de compras, outros de moda....

A despeito de qualquer roteiro, em nosso período europeu buscaremos não ser meros turistas em busca de fotos dos pontos turísticos comprovando que estivemos lá, ainda que apenas pelos segundos necessários para o registro da paisagem.
Seremos turistas-viajantes, flanando pelas ruas e nos misturando aos locais, afinal, em Roma, como os romanos.
Se quero conhecer o Coliseu, a Capela Sistina, a praça de São Marcos, os Jardins de Monet? Claro! Mas não desejo apenas uma corrida entre os pontos turísticos, sempre em busca daquela foto do maior número de lugares. Quero sentar em um café ou uma praça e observar o ir e vir das pessoas pelas ruas. Quero observar edificações anteriores à descoberta do Brasil e tentar imaginar como era a vida naquela cidade de outrora. Quero conseguir o equilíbrio entre o conhecer e o vivenciar.
 Quero trazer de volta ao Brasil não só belas imagens, ou recordações. Quero também ter a certeza que de alguma forma me integrei ao local, que fui tomar um capuccino onde os romanos vão.
E o mais interessante de tudo isso foi ter encontrado outras dezesseis pessoas dispostas a encarar essa aventura. Como já disse, seremos 17 pessoas perdidas pela Europa... 

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